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Fatima Cidade

Fatima Cidade

NOMEADO NOVO BISPO DE LEIRIA-FÁTIMA

24.04.06, josedusantos

D. António A. S. Marto e Papa Bento XVI
Foto site Diocese de Viseu

Respeitosamente damos as boas-vindas a D. António Marto, novo bispo da diocese de Leiria-Fátima e que tomará posse em 25 de Junho próximo. As cerimónias terão lugar na Igreja da Sé de Leiria.
"D. António é sincero, inteligente, devoto de Nossa Senhora, dialogante e com muita cultura" afirmou o ainda Bispo de Leiria, D. Serafim Silva.
D. António Marto, presente na reunião de bispos portugueses no Santuário de Fátima, tomou posição quanto a notícias veiculadas anteriormente sobre ortientações do Vaticano no sentido de impedir o acesso de personalidades de outras confissões religiosas. Garantiu não haver razão de ser sobre as notícias de insatisfação do Vaticano perante a visita do Dalai Lama e de fiéis hindus ao Santuário de Fátima.
"Todo este problema parte de um equívoco que alguém propositadamente quis criar, dizendo que isto se estava a transformar num santuário das diversas religiões, não é isso, é um santuário católico, com o seu perfil próprio. Não podemos cair no equívoco de que o diálogo inter-religioso, equivale a um santuário de todas as religiões" referiu.

CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA, ALELUIA!

16.04.06, josedusantos

Pintura da Capela Sistina

Cristo ressuscitou, aleluia! Para todos os cristãos a vida é uma passagem efémera. A nossa esperança reside na ressurreição do Senhor, prova de vida eterna. Todos aspiramos a uma vida melhor, o Senhor indicou-nos o caminho: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ama o teu irmão que está próximo ou longe, acolhe aquele que necessita de ti, abre o teu coração e sentirás a paz de espírito que o Senhor reserva para "os mansos e humildes de coração".
SANTA PÁSCOA HOJE E SEMPRE.

Sacrifício Supremo: A MORTE NA CRUZ

15.04.06, josedusantos

O sacrifício da própria vida para salvar o outro apenas está ao alcance de alguém que defende um valor que considera supremo. O homem que abraça uma causa pode, em momento instintivo - por vezes desprovido de razoabilidade -, entregar a sua vida pelo próximo. A minha geração que serviu o País - pela obrigatoriedade de prestar serviço militar - sabe o que isso significa. Foram muitos aqueles que deram a sua vida em defesa de valores que na ocasião os políticos e militares diziam que eram sagrados. Alguns foram galardoados pelos seus feitos a título póstumo, outros foram distinguidos com condecorações e a maior parte foi esquecida por uns e outros, apesar de terem prestado um serviço - sem preço - à Pátria. Não pretendo pôr em causa a razão daqueles que foram capazes de morrer pelo companheiro, pelo amigo - pelo contário, curvo-me perante a sua audácia e generosidade -, mas a verdade é que o fizeram porque o Estado os colocou nesse dilema (outros não tiveram sequer a coragem de cumprir aquilo que o Estado exigia, optaram pela fuga ao dever). Naqueles momentos em que a vida se colocava em jogo - matavam ou eram mortos - houve Homens que deram a sua vida e com isso salvaram a de outros. Os actos heróicos - ou não - apenas poderão ser confirmados por aqueles que ficaram para sempre calados, mas a sua entrega nunca deve ser esquecida e temos obrigação de os louvar.
Cristo sendo Deus assumiu-se como Homem, nasceu, viveu e morreu no madeiro da cruz pela Humanidade. Fê-lo por vontade própria, como supremo acto de amor. Morreu por ti, por mim, por todos nós. É um acto de doação que ultrapassa a nossa compreensão humana, por mais inteligentes que possamos ser. Só é possível compreender através da fé. É MESMO UMA QUESTÃO DE FÉ. Quem a têm, aceita, mas aquele que não crê, dificilmente o entenderá. Para todos aqueles que, como eu, sentem dificuldade em abranger este mistério, apenas nos resta um caminho: pedir ao Senhor que nos ilumine e conceda o dom da Fé.

RECORDANDO JOÃO PAULO II, O PEREGRINO

07.04.06, josedusantos

Esta foi a foto mais adequada que encontrei no meu arquivo para fazer acompanhar este pequeno texto de homenagem ao Papa de Fátima. Um ano após a sua partida, quero partilhar convosco um episódio pessoal e desta forma fazer-lhe a minha despedida com um "até sempre". Na tarde de 12 de Maio de 2000, tive a grata satisfação de "o receber" à saída do relvado do campo - que tem o seu nome em Fátima - onde aterrou o heli em que o Santo Padre viajou. Nessa data eu era dirigente do clube e tive o previlégio de aguardar a sua chegada junto ao pequeno muro de divisão. Após a descida e os cumprimentos das entidades presentes, S.S. entrou no "papamóvel" que, vagarosamente, iniciou a sua marcha. As dimensões da abertura do muro de separação do campo pareciam ser ínfimas para a viatura, mas esta passou com normalidade; mais apertadas pareciam ser as filas de pessoas colocadas nas alas. Colocado em lugar estratégico, a uma distância inferior a um metro do carro, olhei para o Papa que, voltado na minha direcção sorria, acenando e fazendo o gesto da benção. Hoje, ao recordar aquele momento, quase sinto arrepios de emoção e a comoção invade-me. Aquele rosto sereno ficou gravado no meu íntimo. As palmas, os vivas que ouvia em meu redor não me perturbaram. Foram segundos que vivi intensamente mas que sinto dificuldade em expressar. O cortejo rumou de acordo com o trajecto programado e após ter saído o portão do estádio, também eu me encaminhei para o exterior, onde reinava a alegria de milhares de pessoas que, ao longo dos passeios, manifestavam a sua exuberância com enormes aplausos. Momentos inesquecíveis para quem os viveu, como é evidente.
Acompanhei o Pontificado de João Paulo II desde o ínicio, tenho enorme respeito pelo seu trabalho ao longo dos 26 anos que me marcaram e - certamente também - a milhões de pessoas em todo o Mundo. O Senhor serviu-se dele, confiou-lhe uma missão, ele aceitou e executou-a com a ajuda de Maria, Mãe de Jesus. Totus Tuus, foi o seu lema. A sua entrega total - até na doença - foi exemplo acabado de um Homem de fé, capaz de a transmitir aos outros, dando o seu próprio exemplo de vida. Karol Wojtyla, o Homem que o Senhor escolheu para levar a cristandade a entrar no terceiro milénio, estará agora a contemplar a face do Criador, mas legou-nos algo que nunca devemos esquecer: o dom da vida que o Criador nos concedeu é para ser usado até ao fim, para servir o próximo.